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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mania de Limpeza

Paulo César tinha mania de limpeza. Não era uma mania que o atrapalhava, até lhe garantira um certo respeito entre a sua família, seus amigos e a Lourdes, a faxineira do escritório. Baldes, vassouras, panos de chão; Paulo César sabia usá-los como ningúem. Uma vez em um restaurante fez questão de limpar a mesa - já limpa, nos padrões do restaurante - com o multi-uso que guardava no porta-luvas do carro e mandou um dos garçons tomar um banho. Escândalo no restaurante, nunca mais voltara naquela espelunca.
Renata, a mulher, chegou em casa depois de passar no supermercado, trazendo muitos produtos de limpeza para o marido. Queria vê-lo super disposto para a noite: As crianças estariam na casa da avó e eles poderiam fazer o barulho que quisessem em cima da cama que range.
- Querido cheguei! Trouxe Vanish pra você e um Santa Helena para nós.
O silêncio permanecia em toda casa, que incrivelmente não estava tão limpa.
- Querido?
Um estrondo quase faz a escada de madeira cair. Paulo César surge pelado e visivelmente alterado, cheirando à flores do campo.
- Hoje eu vou passar o esfregão e...e...
O maníaco por limpeza tem uma convulsão e morre a caminho do hospital. No seu quarto foram encontradas latas vazias de Bom Ar e uma carreira de Omo Progress em cima do bidê. Renata até hoje chora ao ver alguém com um espanador de pó.

(dri)

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